segunda-feira, 4 de maio de 2009

Petróleo Jaguaribano

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A Bacia do Ceará, para exploração de petróleo, vai expandir-se em terra com a inclusão da bacia do Araripe. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) anunciou que as pesquisas na nova área já têm até dotação financeira para financiá-las e constam de seu Plano Plurianual de Geologia e Geofísica. Serão coletadas duzentas amostras do solo, com as quais serão feitas análises laboratoriais e interpretação de dados geoquímicos, que visam à identificação de possíveis acumulações de hidrocarbonetos em superfície e à delimitação de áreas com maior atratividade exploratória.

A produção petrolífera terrestre do Ceará é de 2,2 mil barris por dia nos municípios de Aracati e Icapuí. O óleo pesado extraído é de excepcional qualidade, com destinação nobre voltada para alguns segmentos industriais. Pela natureza da produção, a Petrobras decidiu expandir essa atividade industrial, com a perfuração, somente na Fazenda Belém, de 120 a 130 novos poços, por ano, no período de cinco anos. Investimentos estimados em R$ 210 milhões irão garantir o dobro da produção atual, esperando-se alcançar 5,5 mil barris diários de óleo. No Ceará, a atividade se estende, também, às fazendas Retiro Grande e Olho-d´Água, aproximando-se de Jaguaruana. Paralelamente ao anúncio da expansão das atividades consolidadas na obtenção de óleo em terra, a Agência Nacional de Petróleo incluiu o Ceará na sua Rodada de Licitações. Integrantes da Bacia Potiguar, que engloba o Rio Grande do Norte e o Ceará, blocos exploráveis de óleo estão disponibilizados às empresas interessadas em aproveitar essas reservas. Elas estão situadas em Alto Santo, Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte, no Vale do Jaguaribe.

Em plataformas marítimas, a Bacia do Ceará é explorada no município de Paracuru, mas não existe conhecimento completo do seu potencial, que se estende até o município de Acaraú e chega ao Piauí. As novas pesquisas se concentrarão nessas sub-bacias.

Os efeitos da fase preliminar da indústria petrolífera se fazem sentir em algumas regiões do Nordeste, como em Mossoró. Os avanços estruturais ocorridos na cidade transformaram-na num pólo econômico atraente, aproveitando a vocação geoeconômica já exercida no Estado. O aspecto geopolítico se juntou ao crescimento material, resultante da riqueza gerada pelo petróleo, modificando, por completo, seu perfil econômico.

Os ´royalties´ transferidos para as áreas cearenses beneficiadas ainda são diminutos, se comparados com outras regiões produtoras de petróleo. Entre janeiro e outubro do ano passado, foram recebidos R$ 55,5 milhões, 47% a mais em relação a igual período do ano passado. A realidade, porém, começa a mudar. O Ceará tem 93% de seu território encravado no semi-árido nordestino e solos cobertos por camadas petrificadas.

Esses fatores impossibilitam a infiltração da água das chuvas, tornando-os impróprios à agricultura. Com essa desvantagem, é muito auspiciosa a informação de que debaixo desses solos tenha riqueza suficiente para resgatar seus habitantes do subdesenvolvimento.

Texto: Diário do Nordeste
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